segunda-feira, 14 de março de 2011

Súplica

02 de dezembro de 2010

SÚPLICA
Quero minhas rimas de volta
Mesmo às custas de um amor platônico
Quero a inspiração a me bater a porta
Mesmo vinda de um desespero atônito

Hoje a sede pela vida não me secou a garganta
O dia cinza inundou, tomou conta
Minha alma desmanchou, perdeu de vista
Sua visão correu, felicidade arisca

Poema sem fim, meio sem sentido
Sentimento indefinido, louco, contido
Espelho claro de mim, sem manchas
Desabafo puro, disfarce de ânsias.
Carolina Coe

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