quarta-feira, 7 de agosto de 2013

12/04/2012


Quando você não existia, eu te inventava
Te via em outros, que não eram você
E os fantasiava, tentava encaixar neles seus olhos brilhantes...

Mas algo lhes faltava...

E quando eu menos esperava a vida me embalou sua doce alma e me regalou.
Mas deixou de fora seus olhos e seu sorriso, para que eu te reconhecesse, como garantia de que a entrega seria feita no lugar certo.
Mas minhas frágeis mãos não foram capazes de segurar tamanha grandeza e o presente se foi, dizendo que queria ficar, mas foi.

E desde então fui privada da  luz desse olhar que me iluminava. Tive que buscar essa luz dentro de mim mesma, e só então percebi que havia muita coisa dentro fazendo sombra.

Não sei como esvaziar. Não encontro a luz. Lembro dos teus olhos e me vejo. A mesma busca, a mesma ânsia... O mesmo, e não outro. Que não é meu, porque já faz parte de mim. 

Te regalo minhas lágrimas, pedaços do meu olhar, que gostavas tanto...

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