terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Visto americano concedido!!!!!!
Visto aprovado sim, mas não sem uma pitada de emoção antes. Minha entrevista estava marcada para 8h, às 7 da madrugada eu já estava ligando para o rádio-taxi, desci para esperar e nada... 7:35 e nada ainda. Me desesperei e tive que acordar o André (marido da minha prima) para me levar. Ele perguntou logo que roupa eu estava vestindo... e quando eu menos espero lá vem ele com a moto (Risos)! Foi a salvação, porque com o engarrafamento que tava, de carro eu não chegaria nem tão cedo! Entre retas aceleradíssimas, curvas e finos finíssimos tirados dos carros, chegamos vivos e inteiros (sem maquiagem, claro, depois de o capacete ter tirado toda a minha maquiagem kkkkkkkkkkkk).
Enfim, graças ao André, deu tudo certo!
Engraçado como o povo se desespera nesse consulado americano, é pânico geral. Mas acho que depois da crise por lá as coisas melhoraram, e muito. Não vi nenhum visto ser negado. Eu fiz requisição de um visto (C1/D - visto de trânsito e de tripulante), que foi dado por 5 anos, e ainda ganhei "de brinde" um visto de turismo/bussiness por 10 anos! Até me assustei. E não pediram nada de documentação. Da pasta cheeeeia que levei, só pediram mesmo 1 documento - o contrato da empresa! E de quebra, o cara que me entrevistou ainda era um gato (kkkkkkkkk)!!!
Mais uma etapa se foi e outra já chegou: o curso de sobrevivência marítima (STCW). Comecei hoje e amanhã a tarde já estarei apagando incêndio!!!!!
Mais notícias e fotos das aventuras no próximo post!!!
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domingo, 15 de agosto de 2010
À Ana Vitória
Quando ainda estava na faculdade estagiei por 1 ano em um hospital infantil daqui de Natal, o Varela Santiago e sempre tive uma paixão pela fisioterapia neonatal... vivia enfurnada na UTI e enfermaria para recém-nascidos. Enfim, um dia apareceu uma bebê prematura de 6 meses, que nasceu com 600 gramas em Currais Novos e veio de lá para cá (umas 4 horas de viagem) sem oxigênio e sem o suporte médico considerado necessário nessas situações. E sobreviveu. Quando comecei a atendê-la ela já estava "grande", com 900 gramas. A coisa mais fofa do mundo, miudinha. A mãe dela só foi dar as caras 2 meses depois que a menina estava no hospital. Aí está ela na foto acima, só para vocês terem uma idéia da miudeza... essa mão é a minha.
Me apeguei demais a essa pequena e foi para ela que fiz esse poeminha:
Nasce ao longe e apressada uma pequenina
Sequer seus pulmões estavam formados
E com seus 600 gramas de menina
Seguia em um carro que parecia alado
Ao chegar à cidade, certo alívio encontrou
Tubos, ar, sangue, cânulas...
Salva talvez estivesse a pequena menina
Salva das mãos da morte, entregue à batalha da vida
Num corpo miudinho escondia-se um grande espírito
Um espírito de guerreira, brava, empinado como seu narizinho
Fez a todos apaixonar, com sua força e brilho infinitos
E ali não iria lhe faltar nem um pouco de carinho
Passaram-se 2 meses que veio ao mundo esse bebê
E até então não se sabia o real porquê
Da maldita mãe desta princesa não aparecer
Talvez fosse mesmo melhor fazê-la adormecer...
“Não manuseie sem luvas”, dizia um recado
Colado na sua incubadora, por uma certa doutora
Mal sabia ela a agonia que a princesa sentia
Ao não sentir o toque, ao ser privada de tal magia
Disseram-me que foi minha primeira filha
De coração, foi talvez mais que isso
Entendo que ela muito tem a ensinar à sua real família,
Mas quando partiu fez dentro de mim um rebuliço
Não podia haver nome melhor para a maior das guerreiras
Sem dúvidas foi um dia Amazona, a Ana Vitória
Hoje não sei por onde anda, em que fronteiras
Se sem eira nem beira ou se em meio a brincadeiras
Sei que nunca sairá da memória,
Ela foi e sempre será minha pequena guerreira.
Carolina Coe
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sábado, 14 de agosto de 2010
Eros e Psiquê
O mito de Eros (amor) e Psiquê (alma) tem várias versões. Eros (ou cupido), filho de Afrodite (ou Vênus), é um deus e Psiquê uma mortal. O mito gira em torno dos conflitos entre o coração e a alma e cada versão tem suas lições e peculiaridades. Achei um texto em um blog que conta algumas delas, para quem tiver interesse: Eros e Psique.
Fernando Pessoa, baseado na versão em que a alma (Psique) se sacrifica pelo amor (Eros), escreveu este poema belíssimo. Atentem para a última estrofe, releiam e viajem! Eu me encanto a cada leitura!
Vejam o vídeo com a narração de Maria Bethânia. Eu me arrepio toda! (risos)
- Fernando Pessoa
Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.
Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.
A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.
Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.
Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.
E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,
E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Cupido puxando carroça
Meninas, vocês se identificam? hahahahaha! Outro da série bobeiras ;)
Confundindo tudo
Atirando errado
Se fazendo de mudo
Coração atrapalhado!!
Fazendo graça
Zombando de mim
Mestre da trapaça
Quer me botar um fim
Que tal aprender logo?
Perdeu a graça procurar
Nem me faz diferença encontrar
E fico a escrever sonetos bobos
Versos com rimas baratas
Só pra ver se o tempo passa.
Carolina Coe
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Menina do espelho
Eu tinha uma professora de francês que adorava trazer livros de arte para a sala de aula. Geralmente tínhamos que escolher uma pintura ou desenho de um dos livros e falar sobre ele o que viesse à cabeça, em francês. Em uma dessas aulas escolhi uma pintura que retratava uma menina sentada em frente à sua penteadeira, com os cabelos lisos e compridos (estilo Samara de "O chamado") e um olhar sombrio. Em meio a alguns objetos de sua penteadeira, estava uma navalha (ou algo que parecia ser). Viajei no quadro, pra variar. O poeminha veio anos depois. O quadro em si eu procurei de todas as maneiras, mas como não lembro o nome do artista e nem da obra, não achei. Coloquei essa imagem só para ilustrar mesmo.
Pensamentos negros e ásperos
Povoam a mente da menina
Após ouvir relatos tão sinceros
Que lhe ardiam feito toxinas
Sentada à sua penteadeira repousa
Cada objeto milimetricamente posto
No encantado espelho reluz o seu rosto
Que olhar melancólico dessa moça
Lá fora, pela sua janela
Ela ouve e sente, mas não vê
O gritante silêncio de sua cidadela
E ela presa nela, querendo morrer
A escuridão de suas idéias
Por não caberem em si na cabeça
Escorrem por suas negras madeixas
Gotejando-lhe o coração
O peso ela não mais suportou
E quando sentiu intolerável a dor
Notou que lhe olhava a navalha
E sentiu uma alívio assustador
Sempre foi uma curiosa
E os assuntos da alma estudou
Mas foi a morte assombrosa
O que ela mais buscou
Fincando a lâmina na pele
Sentiu chegar cada camada
Epiderme, músculos e ossos
Dor física não a incomodava
Aguardou empalidecendo
Vendo as cores esvairem-se
Aquele reflexo horrendo
Ao ver o mundo ficar
E fez o que mais queria
Viu o reflexo do seu olhar, de dia
Em meio a profundos cortes
No exato momento de sua morte.
Carolina Coe
domingo, 8 de agosto de 2010
VELOCIDADE
(V)erdade seja dita
(E)ssa coisa de sentimento
(L)ogo passa feito vento
(O)fegante a mente agita
(C)omo se nunca passasse o tormento
(I)nesperadamente você pára
(D)e que sofria, nem me lembro
(A)quilo que era grande dispara
(D)e tão veloz se perde no tempo
(E)stá então esquecida a mágoa
Parecendo ter sido em vida passada.
Carolina Coe
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terça-feira, 3 de agosto de 2010
Vazios distintos
Em uma dessas viagens mentais sobre o vazio buscado na meditação e o vazio do coração. Saiu isso:
Uns reclamam por sentir-se vazio
A alma incompleta e perdida flutua
Outros buscam esse vazio quente, gentil
Fruto de uma alma pura e crua
Essa sensação de falta de recheio
Pesa na gente grosseiramente
É um vácuo pesado, um fim sem meio
Com necessidades fugazes e urgentes
Já a mente vazia, por muitos buscada
Traz a paz interior de uma alma equilibrada
Vazio por esvaziar-se
E não por algo faltar-lhe
Quietude almejada
Livre de pensamentos e sentimentos densos
Aguça-se a percepção
Cada momento e movimento parecem intensos
Não é como o vazio do coração.
Carolina Coe
PS: Obrigada pelos comentários! Adoro todos! Tio Vivio, obrigada pelas dicas de blogueiro hehe! Beijos!
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Despertando...
Foto por minha mãe em Jericoacoara-CE
Este eu acho que não deveria ser postado, nem lido por ninguém além de mim. Mas apesar de bobo, fiz o poeminha abaixo em março, se não me engano, pensando em alguém que passou (bem) mais rápido do que eu desejava, e não sei por que motivo me despertou o gosto pelas palavras sem fazer absolutamente nada para isso. Talvez tenha sido só essa a missão dele em minha vida e ainda assim lhe sou grata. Seguem as palavras bobinhas e inocentes:
Ele não consegue mentir
Mas a verdade esconde
Foge, escapa, corre
E depois esquece, morrendo de rir
Se tiver mesmo ido
O que não acredito
Deixou, mesmo sem saber
Na minh' alma o gosto pelas palavras (re)florescer
Mas quem disse
Que eu disso precisava?
Não era o que procurava
Só queria quem me amasse
Mas só fiquei com as palavras
E elas sequer ainda me amam...
Mas a verdade esconde
Foge, escapa, corre
E depois esquece, morrendo de rir
Se tiver mesmo ido
O que não acredito
Deixou, mesmo sem saber
Na minh' alma o gosto pelas palavras (re)florescer
Mas quem disse
Que eu disso precisava?
Não era o que procurava
Só queria quem me amasse
Mas só fiquei com as palavras
E elas sequer ainda me amam...
Carolina Coe
Conselhos
Mudança de consciência
Visualize o foco
Esqueça a demência
Deixe o que não deseja
Passar
Veja só o que almeja
Não reclame
Melhore
O que contraria não proclame
Deságüe e contorne
Para frente!
Não retorne!
Valorize o que agrada
Jogue fora o que maltrata
Não se considere fraca
Cuide de suas abstrações
Lapide bem suas ações
São todas determinantes
A impotência é ilusão
De quem se acha impotente
Eles não sabem o poder que têm na mente
Valorize o sofrimento
E ajude o mundo a sofrer mais
É você o responsável por tanto tormento
Não se sinta incapaz
Assuma a sua parcela
Foque sempre no bem
E enterre toda essa balela
Visualize o foco
Esqueça a demência
Deixe o que não deseja
Passar
Veja só o que almeja
Não reclame
Melhore
O que contraria não proclame
Deságüe e contorne
Para frente!
Não retorne!
Valorize o que agrada
Jogue fora o que maltrata
Não se considere fraca
Cuide de suas abstrações
Lapide bem suas ações
São todas determinantes
A impotência é ilusão
De quem se acha impotente
Eles não sabem o poder que têm na mente
Valorize o sofrimento
E ajude o mundo a sofrer mais
É você o responsável por tanto tormento
Não se sinta incapaz
Assuma a sua parcela
Foque sempre no bem
E enterre toda essa balela
Carolina Coe
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