domingo, 8 de agosto de 2010

VELOCIDADE



(V)erdade seja dita
(E)ssa coisa de sentimento
(L)ogo passa feito vento
(O)fegante a mente agita
(C)omo se nunca passasse o tormento
(I)nesperadamente você pára
(D)e que sofria, nem me lembro
(A)quilo que era grande dispara
(D)e tão veloz se perde no tempo
(E)stá então esquecida a mágoa
Parecendo ter sido em vida passada.
Carolina Coe







5 comentários:

  1. Carol, coisa difícil é interpretar poesia. Mário Quintana disse: o poema já é uma interpretação. Tenho mesmo é me deliciado entre ventos, tomentas, calmarias, vazios, errantes, etc...
    Diz Ferreira Gullar "Sou grilado, quem não é vive a vida, e se diverte e pronto". Este grilado provoca o homem Ferreira Gullar, que aí sim, se transforma em poeta. Beijos Fernando

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  2. Obrigada, tio Vivio! Eu estou gostando mais de escrever do que imaginava (risos). Beijo!

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  3. Arrasou Carol, pode ter certeza que muitos vivem esse momento!!!

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  4. Talvez não seja difícil de interpretar, mas é inteiramente pessoal. O poema é do leitor e não do poeta. Se nós mesmos lemos o mesmo poema em momentos diferentes da nossa vida e o interpretamos distintamente em cada uma dessas vezes, imagine pessoas diferentes!!!!
    É o "grilado" do Ferreira Gullar, o sofrimento do Nietzsche... eu gosto de pensar que esse estado "irrequieto" é que nos impulsiona a escrever! Beijo.

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